sábado, 12 de junho de 2010

HAPPENING e ARTE CINÉTICA - por Alison, Gabriel e Nicolas

HAPPENING
O happening (do inglês, acontecimento) é uma forma de expressão das artes visuais que, de certa maneira, apresenta características das artes cênicas. Neste tipo de obra, quase sempre planejada, incorpora-se algum elemento de espontaniedade ou improvisação, que nunca se repete da mesma maneira a cada nova apresentação. Apesar de ser definida por alguns historiadores como um sinônimo de performance, o happening é diferente porque, além do aspecto de imprevisibilidade, geralmente envolve a participação direta ou indireta do público espectador. Para o compositor John Cage, os happenings eram "eventos teatrais espontâneos e sem trama". O termo happening, como categoria artística, foi utilizado pela primeira vez pelo artista Allan Kaprow, em 1959. Como evento artístico, acontecia em ambientes diversos, geralmente fora de museus e galerias, nunca preparados previamente para esse fim.
Na pop art, artistas como Kaprow e Jim Dine, programavam happennings com o intuito de "tirar a arte das telas e trazê-la para a vida". Robert Rauschenberg, em Spring Training (do inglês, Treino de Primavera), alugou trinta tartarugas para soltá-las sobre um palco escuro, com lanternas presas nos cascos. Enquanto as tartarugas emitiam luzes em direções aleatórias, o artista perambulava entre elas vestindo calças de jóquei. No final, sobre pernas-de-pau, Rauschenberg jogou água em um balde de gelo seco preso a sua cintura, levantando nuvens de vapor ao seu redor. Ao terminar o happening, o artista afirmou: "As tartarugas foram verdadeiras artistas, não foi?"
Em 2007, o Happening, não é ainda uma ferramenta extinta. Como tal, em Portugal, artistas como Miguel Palma que transporta portfólio e currículo provocatório, ou mesmo Francisco Eduardo reivindicando a "também autoria" de todas as exposições da rua miguel bombarda do Porto, levando a mãe a defender o seu trabalho e vestindo-se a rigor com mais 6 pessoas para almoçar na Desportiva com o Director do Museu de Serralves João Fernandes, após um meinho com este último ao meio. Movimento apelidado pelos autores de Projecto Individual, criou uma visibilidade muito própria e tem sido um foco de relativa importância para o meio artístico Portuense.
ARTE CINÉTICA
A procura da representação do movimento é uma das constantes presentes ao longo de toda a história da arte. A possibilidade de uma arte em que o movimento fosse o próprio movimento havia sido já intuída e desenvolvida nos primeiros anos do século XX por alguns construtivistas, futuristas, dadaístas, e por escultores como Moholy-Nagy e Calder. O Cinetismo, termo sinônimo de movimento e importado da física e da química, afirmou-se como corrente artística autônoma em Paris, nos anos 50. Os meios de expressão deste movimento são inúmeros. Se Vasarely descobre o movimento através da ilusão óptica no campo da pintura, já Tinguely procura na máquina a expressão máxima deste movimento, dentro de uma poética apologista da estética industrial. Com as suas Meta-Matic, Tinguely fez do movimento um princípio de desconstrução irónica da máquina. Nas suas composições mecânicas, este artista entendia o movimento numa dupla vertente: este não só animava o objeto, mas também lhe conferia uma existência. Como seres vivos, as suas máquinas em movimento causavam medo, espanto ou despertavam a admiração no espectador. São máquinas inúteis, absurdas, que proferem movimentos desajeitados, que desenham ou mesmo cometem suicídio, ao se autodestruir numa apresentação no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, em 1960. Outra vertente da Arte Cinética é desenvolvida pelo escultor Nicolas Schöfer. Este artista conjugava simultaneamente o espaço, a luz e o tempo para chegar a uma expressão artística mais completa. Nas suas obras "luminodinâmicas", as construções espaciais eram animadas pela introdução da luz artificial e do factor tempo programado. Na obra mais famosa deste autor, "Prisma", uma projecção animada de luzes coloridas compõe-se em inúmeros efeitos caleidoscópicos.

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